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“Advocacia sempre foi o meu ofício e me emociono com cada processo”, afirma João Batista Dallapiccola

João Batista Dallapiccola Sampaio, 61 anos, é um dos candidatos à vaga de desembargador no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) pelo Quinto Constitucional. Natural de Cariacica, ele se considera um exemplo de superação na advocacia. Crescido no bairro de Jardim América, transformou os ensinamentos rigorosos de seus pais em uma carreira de sucesso. Casado com Rosemeri Ferreira Sampaio, também advogada, João é pai de Luisa e João Filho, e avô de três netos.

Dallapiccola ingressou no curso de Direito na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em 1980, com destaque em jornal local e desde o início, demonstrou habilidade em conciliar estudos, trabalho e estágio. Paralelamente aos estudos, João Batista trabalhou na Cesan, onde começou como operário, à noite, e, por meio de concursos internos, ascendeu a advogado sênior, ocupando 12 cargos diferentes. Ele deixou a empresa em 1991.


O último advogado a assumir como desembargador no TJES foi Raphael Câmara, a quem Dallapiccola elogia e garante buscar superar, casa seja o escolhido entre os colegas, os conselheiros, desembargadores e, no final, o governador Renato Casagrande. “Quero ser desembargador porque estou no final da carreira e quero oferecer a advocacia o que ela reclama: melhor atendimento. O desembargador Raphael não se afastou da advocacia e tem postura exemplar. Minha ambição é fazer, senão melhor, igual a ele”, afirmou.

Na avaliação do candidato a desembargador, incluir os advogados entre os magistrados do TJES é uma forma de “temperar” o Poder Judiciário. Ele, inclusive, acredita que o percentual de 10% das vagas para advogados e 10% para o Ministério Público é pouco. “Advogado tempera o TJES porque tem visão diferente, uma visão mais profunda da sociedade. O advogado sabe a dor da advocacia e eu conheço bem, pois tudo que tenho veio do meu trabalho como advogado”.


Questionado como vai trabalhar caso seja alçado à vaga de desembargador do TJES, João Batista diz que vai chegar cedo ao trabalho, da mesma forma que ele faz hoje sendo advogado, e vai dar abertura para os advogados terem fácil acesso a ele. “Eu não quero que os advogados tenham medo de falar comigo”, diz.


Uma família na advocacia


Como o primeiro advogado da família, João Batista inspirou sete de seus oito irmãos a seguirem seus passos, transformando a advocacia em uma tradição familiar. “Nós somos em 9 irmãos, 8 advogados, todos foram meus estagiários, inclusive o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio. E vieram esposas, cunhados, sobrinhos. Eu acho que são mais de 20 advogados na família. E eu inspirei essa turma toda. A minha advocacia é grande, é forte. É a marca de quem veio de baixo e quem ralou demais”, comenta orgulhoso.


Em seu escritório, João Batista Dallapiccola se dedica ao direito social, focando nas áreas indenizatória, previdenciária e acidentária. Suas marcas, segundo ele, são a agilidade e a eficiência, qualidades que lhe renderam respeito e admiração no meio jurídico. Ele se orgulha de não ter problemas com clientes, autoridades ou colegas advogados.


Ao longo de sua carreira, João Batista enfrentou centenas de casos, muitos dos quais lhe trouxeram grande emoção e satisfação. Um dos casos que mais o marcou foi a reintegração de um policial civil após uma longa batalha judicial. “Foi uma vitória gigante e emocionante”, diz. Outro caso significativo foi a concessão de pensões corrigidas para duas viúvas de policiais civis, que viviam há 20 anos, conforme ele lembra, com centavos de pensão decorrente da morte de seus maridos por acidente no trabalho.


“Manejei um mandado de segurança para imediata resolução e, diante da urgência, o então juiz Manoel Alves Rabelo concedeu a liminar e as viúvas passaram a receber imediatamente a pensão corrigida, e via ação ordinária  receberam indenização pelo acidente”, recorda.


João Batista atribui seu sucesso e a ética de trabalho à educação rigorosa que recebeu de seu pai, um delegado de polícia austero que sempre colocou a família em primeiro lugar. Ele acredita que a seriedade e o compromisso com o trabalho são valores essenciais que ele continua a praticar e a transmitir em seu dia a dia.


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“Meu pai foi delegado de polícia, um homem muito austero, ele falava ‘filho meu não tem tempo para brincar, filho meu estuda e trabalha’, e aos 7 anos eu era caixa de um bar, e agradeço muito a ele. Meu pai fez de mim um homem cedo, precoce, mas não mandava fazer nada além das minhas forças. Eu trago da minha família a seriedade. Eu trago compromisso com o trabalho, com a família. Meu pai sempre colocou a família em primeiro lugar. E eu trago essa marca de família, de acordar cedo, de trabalhar cedo, de ser correto”, comenta.

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